20 de out. de 2010

FREEDOM

Não me lembro ao certo se entrei em coma, fui presa ou simplismente desisti de viver.
Só me recordo que depois de aproximadamente mil noventa e cinco dias, voltei a vida, aquela que eu não lembrava mais o que era.
Apesar de algumas sequelas, piscológicas e físicas, porém reversíveis...pude então não reescrever a minha história, mas melhor do que isso, dar um novo final à ela, um final feliz quem sabe.
Iniciei essa nova fase deletando tudo o que de ruim me atormentava, exorcizei meus demônios não com amor, mas com liberdade, uma coisa que eu já desconhecia há tempos.
Depois de ter novamente o sabor de algumas sensações já esquecidas, tive a mesma reação de um cachorrinho que se solta da coleira, corri atrás, nem sei do que, mas corri não com a intenção de fugir, mas querendo gozar da minha liberdade, só isso. Reencontrei antigos amigos, reconquistei-os e tive a sorte de ser aceita novamente, de certa forma ser perdoada pelo meu esquecimento. Resgatei amores, e melhor do que isso tive a sensação de nunca ter sido esquecida.
Descobri que nunca, mesmo, é tarde para voltar atrás de erros, mesmo não sendo possível apaga-los mas ao menos tentar consetar, já está valendo.
E a minha conclusão ainda foi que ao menos toda essa exclusão que vivenciei me fez aprender que o pra sempre, sempre acaba e que o nunca mais, nunca se cumpre, e também aprendi que não há coisa melhor que ser livre e poder viver como se quer.

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