25 de mar. de 2011

MÃE

E tão engraçado, o teu lugar vazio no sofá grita a tua falta, as gavetas que não guardam mais as tuas coisas, as caixas cheias de coisas tuas na garagem, tudo indica que tu simplesmente não está, até as tuas contas pararam de chegaro, ninguém mais liga perguntando por ti. Há muitas provas concretas de que tu foste embora.
E ainda assim não consigo de forma alguma acreditar. Ainda posso ouvir tua voz, tuas risadas, ainda consigo te escutar reclamando de mim, sinto o cheiro da tua pele, te procuro constantemente e isso é em vão pois não te acho em lugar nenhum. Tudo que é teu está guardado. Todas as tuas lembranças eu guardei, tudo o que foi possível de se guardar, está aqui comigo. A saudade tomou conta do meu peito ao longo desse teu tempo de ausência, e ela não vem deixando espaço algum para mais nada, eu não sou infeliz mas é como se alguma das minhas razões de felicidade estivesse murchado.
Essa coisa de viver sem ti é muito louca, é como correr sem uma perna, é foi exatamente isso que me falaram no dia em que te perdi, mães são como membros do nosso corpo, e viver sem elas é como falar sem boca, ler sem os olhos, viver sem ti tem sido uma guerra particular da qual rara vezes eu consegui compartilhar com alguém, é uma guerre desigual comigo mesma, tenho vivido sem o exemplo, sem o carinho, sem o principal pilar da minha vida.
Mãe, viver sem o teu auxilio me deixa perdida, sem rumo, confusa e exige de mim coisas que eu não sabia que era capaz.
Eu tenho sido forte em encarar a tua ausência em todos os cantos, tenho tentando fechar os olhos pra tudo que me lembra a saudade que cresce dentro de mim constantemente, e mesmo assim, com toda força que eu sou capaz de resgatar de mim mesma e que eu não acreditava ter, tudo continua sendo muito difícil. E eu não desejo a mais ninguém tudo o que eu estou senti e venho sentindo, a dor é tanta que até parece que extrapolou o limite, e agora uma coisa fria reside onde era para estar uma coisa pulsante e cheia de vida. É duro ter um motivo para chorar todos os dias da minha vida, é tão difícil ver fotos e saber que os nossos momentos só estão eternizados nelas e em mais nada, que talvez eu nunca mais vou tocar a tua pele e nem mesmo ver o teu sorriso. Quem vai me abraçar quando eu estiver triste e quem além de ti irá me entender de verdade, pode ter certeza ninguém capaz disso. Uma parte minha pulou junto contigo, e eu tenho certeza que não volta mais.
O que tem me restado nesses anos é conviver constantemente com a saudade e com o vazio e contentar-me que em relação a ti agora só terei as lembranças.

17 de mar. de 2011

VOLTEI..

Estou "reativando" meu blog que apesar de nunca ter sido desativado, passou por uma fase de total desleixo de sua tão temperamental redatora. Mas enfim pouco importa isso, o que importa é que agora vocês iram ler minhas novas aventuras. Deliciem-se.